terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Balanço Geral

Vivemos dias propícios para a reflexão. Diminuímos geralmente o rítmo (apesar de não ser esse o meu caso) e nos pegamos avaliando tudo aquilo que fizemos, ou deixamos de fazer, e traçando planos futuros. Mas temos que ter cuidado, para plantar novas sementes, é preciso primeiro avaliar como anda nosso solo, nossa raízes, o desenvolvimento daquilo que plantamos anteriormente, assim, os novos projetos poderão crescer com as condições que precisam.
Comecei 2009 triste, me recuperando de um duro golpe, repensando meus erros, e absolutamente descrente com a possibilidade de um encontro que valesse a pena. Mas foi justamente esse obstáculo que serviu de pedra fundamental na desconstrução dos meus erros e da reconstrução de um novo olhar, e demanda, sobre o outro. Esse ano, mudei de paradigma e temino feliz como nunca antes havia sido.
Dei passos importantes, escrevi um livro, comecei o mestrado, estudei muito, produzi muito. Foram muitos os degraus galgados em direção à meus objetivos profissionais, mesmo tendo dúvidas se estes ainda se mantém sendo o que pretendo. Ainda assim, seguro o leme e toco o barco, porque à deriva não dá pra ficar.
O que irá ocorrer em 2010, je ne sais pas, não tenho bola de crital (e seria muito chato se tivesse). Que venham os frutos de meu esforço, as iluminações para minhas dúvidas, e minha felicidade pela ponte aérea. Lechain!
Feliz ano Novo!

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Definindo o Surrealismo

"Automatismo psíquico pelo qual alguém se propõe a exprimir, seja verbalmente, seja por escrito, seja de qualquer outra maneira, o funcionamento real do pensamento".
André Breton
Renè Magritte

A certeza da tranquilidade da reciprocidade do sentimento inominável;
A clareza da simplicidade suprema da companhia sublime;
A vontade de presença tátil do desejo inebriante;
O sorriso do carinho imenso à espera de mais um instante.
Grão de Luz

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Dizem por aí que quando somos testados 3 vezes, vencemos o obstáculo. Bom, vini, vidi, vici!

quinta-feira, 12 de novembro de 2009


Ando devagar porque já tive pressa e levo esse sorriso porque já chorei de mais.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Berlim 1989


Eu tinha apenas 9 anos. Me lembro de ver meus pais emocionados na frente da TV, assitindo à queda daquele muro. Eu na minha inocência infantil não conseguia entender porque uma cidade na Alemanha era dividida no meio pelos Russos e pelos Americanos. Me lembro de acompanhar aqueles cenas, porque meu pai dizia que eu estava presenciando a História.
Até hoje não entendo. Quanto ao muro, continua vivo, só que mudou de país. Está agora em Israel...

sábado, 7 de novembro de 2009

Algo imensurável

Será que somos capazes de aprender com o passado? Não estou falando daquilo que vivemos, mas de um passado que foi vivido por nossos ascendentes.
Ainda não consigo compreender a dimensão da segunda guerra mundial. Saí do colégio sabendo (vagamente, diga-se de passagem) quem foi Hittler, quem foi Stálin. Soube depois, por conta própria, que os loucos geralmente governam o mundo. É claro que a História da humanidade é povoada mais de guerras do que de quaisquer outros acontecimentos, que obviamente causaram danos e mais danos, mas talvez por ser prontamente visível o rearranjo drástico e efetivamente mundial que o século 20 foi submetido, me vejo agradecendo por ter nascido com um pé no século 21.
Ao ler livros fictícios ou biográficos, ou ver filmes que nos levam à primeira metade do século, é impossível não se deparar com a estupidez do totalitarismo. Pessoas foram mortas porque pensavam, porque amavam, porque rezavam. Países foram dizimados, culturas massacradas, famílias destruídas, e na melhor das hipóteses, separadas. Muitos de nós, brasileiros, somos descendentes daqueles que por faro ou por sorte, zarparam para qualquer lugar menos inóspito, onde pudessem apenas permanecer vivos.
O que há de errado em ser diferente?? O que há de errado em ser negro, judeu, homossexual? Porque aprendi que Hittler tinha razão em defender a Alemanha dos danos da primeira guerra mundial? Como isso foi parar do outro lado do mundo? Que educação é essa que não ensina os erros da humanidade para que possamos aprender com eles? História não serve de nada se as datas forem mais importantes que os fatos.
Em dois dias, comemoramos 20 anos da queda do muro de Berlim, diferente do que dizem, não acredito que tenha caído o último símbolo da guerra fria. A guerra continua.
Se não olharmos adequadamente para o passado, tenho medo que nossos filhos sejam vítimas de erros pregressos que se repetem desde que o homem pensa. A China será a nova dona do mundo muito em breve e democracia e liberdade de pensamento nunca foi o forte por aqueles lados..
Sei que o mundo que gostaria que existesse pode até ser possível, mas não no século 21.
Ouço tiros incessantes lá fora há mais de uma hora.
Talvez porque pense, deva sentir que liberdade sempre tem um preço.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Procuro seus vestígios nas paredes frias e inóspitas daquele lugar. Sinto sua presença em uma imagem em preto e branco à meia luz. Perdi o paraíso que tinha no meio do inferno.. Assim não tem graça.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Depois de ter você

Depois de ter você
Para que querer saber que horas são?
Se é noite ou faz calor
Se estamos no verão
Se o sol virá ou não
Ou pra que é quer serve uma canção como essa?
Depois de ter voce poetas para quê?
Os deuses, as dúvidas?
Para que amendoeiras pelas ruas?
Para que servem as ruas?
depois de ter voce.

Adriana Calcanhoto

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Se alguém souber o nome do bonde que me atropelou, me avisem!

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Pefeição

Como definir perfeição?
Ficou sem palavras, não foi?
Perfeição é algo que não se materializa em palavras.
Para mim, pefeição é um momento. Um espaço de tempo onde o próprio tempo pára e nos dá espaço para contemplá-lo. É o instante onde se tem absoluta certeza que nada lhe falta.
O momento, seja de que natureza for, é a única e exclusiva bagagem que levamos desta vida. Então, a definição de perfeição deve passar perto da de felicidade plena. Felicidade causada por um lugar, uma música, um disco, livro, filme, imagem, companhia.......
No entanto, se todas estas causas de felicidade vierem juntas, condensadas em um curto espaço de tempo, extrapola-se o mundo físico. É a certeza de uma energia divina presente. Não sei porque Deus me escolheu para receber esta benção, mas eu profundamente agradeço.

Grão de Luz, SPSP

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

A felicidade está contida em tudo aquilo que fazemos na vida.

domingo, 18 de outubro de 2009

Game over

Estou pronta para me apaixonar novamente?
Talvez a pegunta correta seja: estou pronta para me apaixonar de verdade novamente?
Achei durante algum tempo que minha maneira de gostar tinha mudado, sinal de maturidade, mas a grande verdade é que durante todo este tempo que não encontrei alguém, eu realmente não encontrei. Não alguém que valha a pena, pois que não sinto aquele arrepio há muito tempo. Muito mesmo. Acho que procurei companhia e não companheiro. Como eu poderia querer me envolver sem me apaixonar? Alguns até me fizeram pensar que estava apaixonada. Talvez por uma idéia, não pela pessoa. Por mais que o mundo esteja estranho e as pessoas estejam cada vez menos abertas ao amor, aquelas que ainda sonham com sua alma gêmea existem, e não são só mulheres, rs. Sem perceber, acabei jogando esse jogo insano que a maioria diz ser liberdade. E errei várias vezes em me encantar por uma idéia, que até poderia servir para tapar o buraco do que me faltava, e não por alguém, onde ia encontrar de verdade paixão.
E se para ser livre é preciso restrição, me torno restrita. Se é pra jogar esse joguinho, quero game over.
Resgatei meu romantismo. Por um momento quase acreditei que a paixão estava fora de moda.
E anuncio que não quero mais tentar nada. O que tiver que ser, vai ter que vir pronto. Ou me arrepia da cabeça aos pés ao dizer olá, ou vira carta fora do baralho.

sábado, 17 de outubro de 2009

Henri Matisse

Os artistas têm que ter olhos de criança, sempre olhar como se fosse a primeira vez.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Estou perdendo a minha capacidade de amar ao próximo. O que está havendo com as pessoas??

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Roubo as palavras de Shakespeare

Depois de algum tempo você aprende a diferença,
a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma.
E você aprende que amar não significa apoiar-se,
e que companhia nem sempre significa segurança.
E começa a aprender que beijos não são contratos
e presentes não são promessas
E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida
e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.
E aprende a construir todas as suas estradas no hoje,
porque o terreno amanhã é incerto demais para os planos,
e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.
Depois de um tempo você aprende que o sol queima
se ficar exposto por muito tempo.
E aprende que não importa o quanto você se importe,
algumas pessoas simplesmente não se importam...
E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa,
ela vai feri-lo de vez em quando
e você precisa perdoá-la por isso.
Aprende que falar pode aliviar dores emocionais.
Descobre que se leva anos para se construir confiança
e apenas segundos para destruí-la,
e que você pode fazer coisas em um instante,
das quais se arrependerá pelo resto da vida.
Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer
mesmo a longas distâncias.
E o que importa não é o que você tem na vida,
mas quem você tem na vida.
E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.
Aprende que não temos que mudar de amigos
se compreendemos que os amigos mudam,
Começa a aprender que não se deve comparar com os outros,
mas com o melhor que pode ser.
Descobre que se leva muito tempo
para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto.
Aprende que não importa onde já chegou,
mas onde está indo, mas se você não
sabe para onde está indo, qualquer lugar serve.
Aprende que, ou você controla seus atos ou eles o controlarão,
e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade,
pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação,
sempre existem dois lados.
Aprende que heróis são pessoas
que fizeram o que era necessário fazer,
enfrentando as conseqüências.
Aprende que paciência requer muita prática.
Descobre que algumas vezes
a pessoa que você espera que o chute, quando você cai é uma das poucas que o ajudam a levantar-se.
Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiências que se teve, e o que você aprendeu com elas, do que com quantos aniversários você celebrou.
Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha.
Aprende que nunca se deve dizera uma criança que sonhos são bobagens,
poucas coisas são tão humilhantes,
e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.
Aprende que quando está com raiva
tem o direito de estar com raiva, mas isso não lhe dá o direito de ser cruel.
Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame, não significa que esse alguém não sabe amar, contudo, o ama como pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.
Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém,
algumas vezes você tem que aprender a perdoar-se a si mesmo.
Aprende que com a mesma severidade com que julga,você será em algum momento condenado.
Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido,
o mundo não pára para que você o conserte.
Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás, portanto, plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores...
E você aprende que realmente pode suportar...que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais.
E que realmente a vida tem valor
e que você tem valor diante da vida!
Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos
conquistar, se não fosse o medo de tentar.
A vida é feita de ciclos. Saí da ideação e parti para a ação. Isso me deixa pouco elocubrativa e desprovida de tempo. Se é verdade que existem fendas no tempo, definitivamente estou atravessando uma delas.
-O povo aí de cima, estica essa fenda para mim. É pra dar tempo de eu fazer tudo que é preciso!

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Non, rien de rien
Non, je ne regrette rien
Penso que um amor de verdade é aquele onde se duas pessoas se tornam uma, mas nunca deixam de ser si mesmos.

Rapsódia Húngara n°2

Senti a dramacidade de uma peça intensa e densa, que chega fundo na alma da gente.
Senti meus tímpanos vibrarem, meu coração acelerar e meu cérebro se inebriar de sons profundos e prolíxos, que dizem sem palavras, que tocam sem contato.
Senti a tristeza da melancolia doce e a felicidade da exuberância furtiva que seus acordes proporcionam.
Senti o doce e o amargo no contato íntimo com uma melodia arisca e fugidia, capaz de transformar o destino de uma pessoa.
Senti o amor pela tristeza alegre de algo inexplicável, que me deixou sem escolha, exceto a metamorfose de mim mesma, a transformação de meus conceitos. Era uma crisálida, agora sou borboleta, que voa livremente. Mais uma vez, me transformei e sobrevivi, mas desta vez, destruí o piano.
Grão Luz

" É a nossa vida outra coisa além de uma séries de prelúdios a esse canto desconhecido de que a morte entoa a primeira e solene nota?" Liszt

sábado, 19 de setembro de 2009

Há de chegar o dia quando irei me surpreender com minhas palavras.
Volto a falar de limites. Difícil entender quais são os nossos limites. Mais difícil ainda é fazer com que as pessoas que te cercam respeitem este limite. A culpa é minha, que nunca soube me posicionar. Nunca. Ou brigava ou me calava. Nenhum dos dois serve pra determinar a fronteira entre o cuidar e o controlar. Agora, que entendi que não sou capaz de me submeter a qualquer demanda, as coisas irão mudar. Doa a quem doer.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Em qual esquina a gente encontra o que realmente procura? Será que já passei por ela tão distraída, pensando onde poderia encontrar um mapa que não pude percebê-la? Ou ainda não cheguei nem na vizinhança certa? Vou ter que me render á tecnologia (in)útil e usar um GPS!? Parece que sim...

domingo, 13 de setembro de 2009

Se alguém souber como descansar a cabeça sem precisar dormir me avise! Não ando com tempo pra me dar a esse luxo..

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Mudança requer 2 condições: tempo correto e maturidade da alma!

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Postado com um mês de atraso..

Tenho o privilégio de estar sentada de pernas para o ar em plena quarta-feira de agosto, num puff confortável de uma varanda, onde só o que vejo é o breu do horizonte sobre o oceano e onde só o que ouço é a força do mar brigando com o quebra-mar.
Esvazio a mente após enchê-la com 72 nomes poderosos e posso quase tocar o horizonte, onde penso que mora Deus.
Me intrigo com esse tal de horizonte. Ele nunca chega, não é geograficamente determinável. Ele muda de limite se dermos um passo pra frente. Por outro lado, ele é o próprio limite, o nosso próprio limite. Não vejo além dele, não posso alcançá-lo.
No mar, o horizonte se faz ainda mais faceiro, pois que é reto, contínuo, infindável.
Me perco no horizonte. Me perco poque é preciso se perder para se encontrar. Corrijo o que eu disse: me encontro no horizonte. Seu limite inexistente me faz entender que eu sou limitada. Estou contida em um corpo. Estou contida em minha mente.
A mente também pode ser horizontal! Não no sentido de plana, rasa. Mas na concepção infinita de um horizonte de idéias e potenciais, que mudam também a cada passo que damos.
O horizonte é uma perspectiva, é um mar repleto de possibilidades. Dentro de minha mente existe uma vida, ainda que limitada ao corpo, inesgotável em seus rumos. Um passo, um minuto e pronto: chegamos a um novo horizonte.

Salvador
12/agosto/2009

Grão de Luz

Coisas que fiz antes dos 30, parte 2

- Assisti todos os episódios de todas as temporadas de F.R.I.E.N.D.S
- Fui a um mega show do U2
- Fui modelo por um dia
- Passei um Natal em NYC, e outro em Paris
- Fui ao show do Pearl Jam na Apoteose
- Peguei uma praia em plena segunda feira a tarde!
- Vi o pôr do sol no Arpoador
- Vi o nascer do sol na Marina da Glória, com direito a reflexo no Pão de Açúcar
- Nadei com os peixinhos em Porto de Galinhas
- Andei de jangada
- Fui a um Fortal
- Fiz esqui-bunda em Canoa Quebrada
- Encenei 8 peças de teatro
- Aprendi piano, violão, flauta e violino
- E se eu pensar bem ainda sai uma parte 3..

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Pedaços

Somos formados por fragmentos. Não fragmentos de nós mesmos, mas fragmentos de todas as pessoas e experiências que povoaram nosso caminho.

Cada indivíduo pode provocar mudanças em alguém. Não precisa agir premeditadamente para isso, muito menos nutrir algum tipo de sentimento positivo. Basta um gesto, uma palavra, um momento, daqueles que ninguém sabe de onde vem, para se abrir um mundo de possibilidades na cabeça do outro. Pessoas que aparentemente não tiveram importância alguma em minha vida, foram capazes de mudá-la definitivamente. Sim, porque cada experiência que se vive é um caminho sem volta. A experiência fica arraigada, no subconsciente que seja , e quando menos se espera, puf, se manisfesta. E aí, a transformação foi feita!

Amei pessoas que me deixaram pouco mais que uma lembrança bucólica de uma felicidade de momento. Me irritei com outras tantas que foram capazes de me jogar na cara meus defeitos que fingira não ver; na maioria dos casos, pobres de espírito. Esses geralmente não têm a menor idéia que na sua medíocre existência, são capazes de gestos tão generosos como esfregar (e lavar) a verdade na cara da gente. Diria até que pessoas medíocres são necessárias em algum ponto do caminho da vida.

Lhe causou estranhamento essa minha afirmação? Vejamos: ser medíocre é estar no meio, ser mediano. Ora, não buscamos justamente o tal caminho do meio? Então, mediocridade tem seu mérito!

Conheci também loucos. Varridos, de pedra, de fato e de direito. Os loucos são muito interessantes. Seja de que forma fujam da realidade, sempre me fazem refletir o quanto a mais seria necessário para que eu fosse um deles. Sério! Que de perto ninguém é normal, todo mundo sabe, mas o que ninguém se dá conta é que somos grandes mentecaptos em busca única e exclusivamente da razão. Meus amigos já ouviram eu dizer algumas vezes a conclusão que cheguei sobre minha própria loucura: sou doida, mas não sou maluca!

Há ainda os gênios. São revigorantes. Me aguçam a curiosidade sobre as coisas do mundo, nutrem minha ânsia de sapiência, mas também desafiam a inveja e a vaidade de quem tem sede de conhecimento. Gênios são quase pecadores capitais. Há uma certa aura de distanciamento social. Todos querem ser geniais, mas no fundo sabem que o preço é alto. Mas mesmo assim, uma mente brilhante me é tão fascinante quanto sensual. Os gênios me fazem entender que é necessário mais do que fragmentos para as coisas terem consistência. Aprendi a ir mais a fundo.

Pelo meu caminho, fui descobrindo um sem número de coisas graças às influências externas. Escritores, brechós, defeitos, lugares, restaurantes, praias, pintores, qualidades, sonhos, vontades, músicas.

Pessoas vêm e vão nessa vida. Mas deixam sempre pra trás fragmentos de si que serão substituídos pelos das outras pessoas que vieram ou virão.

Somos sim produto do meio. Somos um caldeirão de influências: experiências que nos tocam, nos modificam, nos marcam. Sou tudo que vi, li, ouvi, vivi e experimentei. Sou fragmentada e dessa forma me faço inteira. Como um mosaico, de longe só se vê o todo, mas de perto, sabemos que somos formados por várias partes. E é isso que torna um ser humano tão fascinante.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

O tempo é o único capital das pessoas que têm como fortuna apenas a sua inteligência.
Balzac
O bom humor é a única qualidade divina do homem.
Arthur Schpenhauer
Eu me recuso a adimitir que amar é sofrer... :D

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Mudança requer 2 condições: tempo correto e maturidade da alma!

Felicidade


O que é felicidade?
Buscamos a felicidade quase que como um bem de consumo, e é difícil para entender que felicidade não está a venda. Não preciso de um colar de diamantes para ser feliz, você precisa?
Não, ninguém precisa. Felicidade não se compra.
Achamos também que a felicidade está na linha chegada de uma corrida frenética rumo ao sucesso profissional. Não preciso ser feliz somente após a reta final. Felicidade é atemporal.
Outros ainda pensam que a felicidade só é atinginda quando se tem uma família perfeita. Ei, ninguém é perfeito! Família perfeita? Só em comercial de margarina. Felicidade não é uma imagem.
Então o que é essa tal felicidade, cuja busca move a humanidade há milênios? Do que realmente precisamos para sermos felizes?
A felicidade não é palpável, não tem dia nem hora para acontecer. Muito menos é uma imagem pra inglês ver.
Felicidade é um estado de espírito. É a certeza de que você está vivo. Ser feliz é ter a capacidade de ver a vida sobre a ótica da beleza. De que adianta um belo dia de sol, um carro novo, família, filhos, se não pudermos enxergar a poesia contida em cada uma dessas coisas?
Ser feliz é isso. É entender que a tristeza faz parte da vida, mas é nela que temos a oportunidade de enxergar e corrigir nossos erros. É perceber que cuidar das pessoas que amamos não significa mimá-las. É poder trabalhar para viver, e não viver para trabalhar.
É estar atravessando a rua e reparar nos raios de sol por entre as árvores, ou sentir os primeiros pingos de chuva no seu cabelo.
É estar parada no caos do trânsito e perceber a luz da lua.
Entedi que sou feliz. E que a tristeza não é a ausência de felicidade. Entendi que solidão é um rótulo comercial que fica na mesma prateleira da felicidade de margarina.
Não preciso de Prozac. Tenho minhas experiências, minhas lembranças, meus sonhos e minha imaginação transformando a vida em poesia.
A felicidade é a poesia contida na vida. Pelo menos na minha.

Grão de Luz

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Coisas que fiz antes dos 30

A pedidos, a lista de coisas que já fiz! Mas que faria facilmente de novo..
Vi o dia nascer nos Geisers Del Tatio, há sei lá quantos mil metros de altura
Morei na Califórnia
Vi NYC do alto do World Trade Center
Dei comida pra lobo guará
Pisei na base de um vulcão ativo
Aprendi a tocar piano
Escrevi um livro
Fiz anos de teatro
Subi em árvore
Assisti um concerto do Joshua Bell
Comi um croque monsier no Quartier Latin
e um pão na chapa no Zico
Mergulhei em Maragogi
Fui a Salzburgo no inverno
e vi o piano de Mozart
Assisti uma missa de Natal na Sacre Coer
Vi chuva no deserto do Atacama
Catei tatuí na praia grande
Li um sem número de bons livros
Virei cabalista
Passei reveillon no forte de copacabana
Vi a Lagoa completamente dourada
Conheci inúmeros museus, vi várias obras de Picasso, Van Gogh , Kandinsky, Matisse, Degas, Dalí, Monet, Rodin, e tantos outros incríveis artistas
Atravessei de barco os lagos andinos
Vi a lua cheia nascer na praia da ferradura ouvindo Pink Floyd e tomando uma cerveja
Andei de gôndola em Veneza
Fui a um show da Madonna
Y otras cositas más...

domingo, 30 de agosto de 2009

Coisas que farei antes dos 40

Não dá tempo de me prometer muita coisa antes dos 30, então, fica pra próxima década:

- Aprender a tocar gaita decentemente
- Assistir ao vivo uma apresentação da 9° de Beethoven
- Conhecer a Nova Zelândia
- Aprender que apesar de paciência ser uma virtude de poucos, ela pode ser pra mim
- Ver um Moai de perto
- Ler as mais de 1000 páginas da Montanha Mágica
- Aprender a dançar tango
- Observar La Guernica
- Tomar um café turco às margens do Bósforo em Istambul
- Ir à Holanda na primavera
- Aprender a mergulhar
- Ler todos os livros do Balzác
- Passear em Givernny numa tarde ensolarada
- Tomar um porre num pub no interior da Irlanda
- Ver um pôr do sol em Jericoacoara
- Fazer um cruzeiro pelo Estreito de Magalhães
- Ir a São Petesburgo

Melhor parar por aqui. Coisa mais sem fim essa minha voluntariosidade..

sábado, 29 de agosto de 2009

Na tábua da beirada

Tudo tem um limite. E não é muito interessante viver em suas bordas. Fronteiras são regiões traiçoeiras. Terra de Marlboro mesmo. Não há vigência de qualquer lei no limite das coisas. São regiões inóspitas e paradoxalmente fervilhantes, onde qualquer faísca é capaz de causar grandes explosões. E danos, muitos danos.
Estou farta de viver tentado expandir os limites minha vida. Limites são inexpansíveis. Só o que se cria é uma tensão. E como a segunda lei de Newton não é balela, essa tensão se reflete de volta em mim.
E aí, começa um perigoso ciclo, onde me nutro de uma força secundária para investir mais e mais numa expansão impossível, criando um feed back maligno, como um tumor que cria mais e mais artérias para se nutrir.
Preciso que me imputem o limite!?
Que ego é esse que acha que pode ir além do limite das coisas? Como é que posso aguentar o lado oculto da força? Um ocultismo que está contido dentro de mim, de meus próprios limites!
LIMITE___________________________________________________________
Não ultrapasse seu limite!! Ouviu ego teimoso?
Não, está fora dos limites do ego ouvir algo que não venha de si.
Mas eu vou fingir que ele não existe.
Preciso do limite. Não posso deixar tudo correr solto assim.
Chega de comer pelas beiradas nessa vida.
Cheguei no meu limite!
FINALMENTE!!!

Lashon Hará

A vida e a morte estão nas mãos da Língua...
Provérbio hebraico

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Não

Migalhas dormidas do teu pão,
Raspas e restos não me interessam

domingo, 16 de agosto de 2009

Sorria, você não está mais na Bahia 3

Não tem mais pimenta, dendê, acarajé, vatapá. Meu estômago agradece.

Sorria, você não está mais na Bahia 2

Feliz da vida, no taxi para o Aeroporto Soteropolitano, ouço a seguite pérola do taxista:

"Olha, baiano é tão descansado que chega quinta feira ele já para tudo e deixa pra resolver na segunda com mais calma....."

Não sei se morro de rir ou de chorar...

Sorria, você não está mais na Bahia

Olha, não sei porque todo mundo pensa em decansar na tal da Bahia.

10 motivos pra se esquecer da Bahia na hora de tirar férias (no melhor estilo David Letterman):

1- Salvador não é nada lindo (não esqueça de imaginar o sotaque nessa frase)
2- Se você andar a pé corre sérios riscos de ser assaltado
3- Se você andar de táxi vai ser assaltado pelo taxímetro
4- O garçon diz que não existe o prato que você escolheu no cardápio
5- O gerente do bar não sabe de que é feito o prato que o garçon não conhece
6- O mesmo garçon volta na sua mesa depois de meia hora pra confirmar o que você tinha pedido
7- Os baianos fazem festa com NovaSchin morna
8- Os baianos continuam achando que não nascem, estreiam
9- Toca axé no bar da piscina do hotel
10- E se você ficar irritado com qualquer um desses motivos, acaba ouvindo: sorria meu Rei, você está na Bahia (outra vez com sotaque...)!!

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Resposta

Ninguém pode calar dentro em mim
Essa chama que não vai passar
É mais forte que eu
E não quero dela me afastar
Eu não posso explicar como foi
E como ela veio
E só digo que penso
Só faço o que gosto
E aquilo que creio
Se alguém não quiser entender
E falar, pois que fale
Eu não vou me importar com a maldade
de quem nada sabe
E se alguém interessa saber
Sou bem feliz assim
Muito mais do que quem já falou
ou vai falar de mim.
http://letras.terra.com.br/maria-bethania/1201451/#
Maria Bethânia
Composição: Maysa

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Fui condenada. Não pelo que fiz, mas pelo que penso. Pensei, e aí está meu crime, que meus pensamentos eram livres. Não são. Clarice Lispector vive dizendo que pensar é perigoso. Nunca dei muita bola.. Mas enfim, agora me vejo num cárcere. Não devia estar escrevendo. Escrever exige pensar. Só o que faço é aumentar minha pena. Mas se é esse o preço que meu inconsciente tem que pagar para vir à tona, que se cumpra a sentença.

domingo, 9 de agosto de 2009

Dizem que somos reflexo de nossas origens. Dificil é entender como viemos de onde viemos e nos tornamos o que somos. Achar a minha parte naquele todo foi como procurar agulha no palheiro. Ruim com eles, pior sem eles...

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

O que sinto é inominável por natureza, indeterminável por certeza e impagável com destreza.

Penso, não nego.

Vivo quando puder.

domingo, 2 de agosto de 2009

Amigos

Não tenho amigos de infância. Tenho lembranças que por vezes se fazem presente no dia do meu aniversário.
Não tenho amigos de faculdade. Tenho pedaços da minha estória espalhados pelo país.
Não tenho amigos de trabalho. Tenho colegas que compartilham momentos bons e ruins.
Não sou a única a não ter amigos. No fundo, penso que ninguém os tem.
Somos individualistas demais para pensar em alguém que não nos dá nem sexo em troca.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Carioca do brejo que sou, estou contida nos cariocas da gema


Cariocas são bonitos
Cariocas são bacanas
Cariocas são sacanas
Cariocas são dourados
Cariocas são modernos
Cariocas são espertos
Cariocas são diretos
Cariocas não gostam de dias nublados

Cariocas nascem bambas
Cariocas nascem craques
Cariocas têm sotaque
Cariocas são alegres
Cariocas são atentos
Cariocas são tão sexys
Cariocas são tão claros
Cariocas não gostam de sinal fechado

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Ensaio sobre a cegueira

Já vaguei cega por muito tempo nessa vida.
Já vi o mundo contido em meu umbigo.
Já vi minha imagem refletida no lago e me afoguei.
Já me vi só, absolutamente desamparada.

Mas como um cometa, que rasga o céu deixando sua cauda de poeira, você passou e mudou meu equilíbrio instável. Um cometa, de trajetória errante, que atrai e é atraído pelas órbitas que passa, me trouxe de volta ao estado de não cegueira. Quebrou-se a muralha que me obstruia dos fatos.

Vi que não serei suficiente para ninguém se não for suficiente para mim mesma.
Vi também que o meu umbigo está contido em, mas não é o mundo.
Vi também, que não era a única a agir assim.

Não me sinto mais desamparada.
Tenho minhas pernas que me sustentam, meu umbigo que sustenta um piercing, minhas asas que voam livres em minhas idéias e uso óculos, não os meus, mas os de Freud, que finalmente me permitem fazer um ensaio sobre a lucidez.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Saindo do cinema

- Gostei do filme, é engraçado mas me fez pensar em várias coisas, a mensagem é muito mais profunda que parece.
- Minha linda, você sempre vai pensar alguma coisa além...
- Eu?.. É acho que vou...
A rotina é fonte de toda felicidade, sua garantia e sua morte.
Orhan Pamuke

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Não entender

Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é simples e limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não enteder, do modo como eu falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez enquando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo.

GENIAL!
Clarice Lispector

Neruda

...o amor como uma vocação de um homem e a poesia como sua tarefa.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

O que você esconde dentro de você?

Você tem um segredo. Todos temos. O que você esconde dentro de você? O que você julga tão bom ou tão ruim, que não tem coragem de deixar ninguém saber? Qual é seu pecado íntimo, seu crime obscuro? Onde moram seus fantasmas, seu mitos errantes? Qual sua vergonha, seu riso sarcástico, seu prazer de vingança? De quem você gostaria de puxar o tapete? Pra quem você gostaria de entregar-se por inteiro?
Porque não há ninguém que não esconda dentro de si, tudo aquilo que não se sente capaz de revelar.
Do que você tem medo?
De quem você tem medo?

Grão de Luz

terça-feira, 14 de julho de 2009

A arte de sorrir toda vez que o mundo diz não.

Est

Sou feita de palavras que me escapam das idéias como o mel que escorre pelo pão e mela meus dedos.
Sou feita de idéias que fogem pelos meus atos como um perfume borrifado ao ar.
Sou feita de amor, que exala pelos meus poros como o suor em um dia quente.
Sou feita de ações, que se esvaem pelas ruas e atingem quem quer que passe pela frente.
Digo, penso, amo, faço.
Sou.

Grão de Luz

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Invisível

Quando foi que passamos a ser invisívies uns para os outros? Aquele que não é capaz de enxergar o outro não tem direito à sua companhia. Depois não adianta reclamar da solidão.
Dizem que o grande problema do homem moderno é a solidão. Pois eu acho que é a cegueira.
Sem enxergar um mundo que vai além dos limites do próprio umbigo, não há como sair da individualidade.
O que buscamos? Qual a razão de tanto esforço rumo ao nada? De que vale comemorar só uma conquista esperada?
Pois eu acho que já passou da hora de enxergarmos. Chega de ensaio sobre a cegueira, a solidão, a razão. Quero ensaio geral!
Retiro as lentes que fazem do outro invisível. Enxergo você. Assim posso te ouvir e até te tocar. Assim posso saber que o mundo é a junção daquilo que eu desejo, com o que você, e o outro e o outro desejam. Assim posso ver o que você precisa, onde, como e quando posso ser útil. Esse é o sentido da vida. Na invisibilidade, tudo é inútil.

Grão de Luz

domingo, 12 de julho de 2009

Metade

Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca
Porque metade de mim é o que eu grito
Mas a outra metade é silêncio.


Que a música que ouço ao longe
Seja linda ainda que tristeza
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada
Mesmo que distante
Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade.


Que as palavras que eu falo
Não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor
Apenas respeitadas
Como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo.


Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço
Que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada
Porque metade de mim é o que eu penso mas a outra metade é um vulcão.


Que o medo da solidão se afaste,
e que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável.
Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso
Que eu me lembro ter dado na infância
Por que metade de mim é a lembrança do que fui
A outra metade eu não sei.


Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
Pra me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço.


Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade pra fazê-la florescer
Porque metade de mim é platéia
E a outra metade é canção.


E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor
E a outra metade também.

Oswaldo Montenegro

Ponto de vista

Um copo meio vazio também está meio cheio. Depende do lado que você escolhe..

sábado, 11 de julho de 2009

Tempo

Não há nada mais inexorável do que o tempo. O tempo é a única coisa que o homem jamais irá manipular.

A relação humana com o tempo é paradoxal. Quanto mais tentarmos controlá-lo, maior será seu controle sobre nós. Se por outro lado vivermos a favor do relógio, iremos enxergar que a vida, e o próprio tempo, têm muito para nos oferecer.

Precisamos de qualidade. Num mundo onde o que importa é a quantidade, a qualidade trás o tempo pra nosso benefício. Não quero saber tudo, quero saber o que importa. Escolhendo as informações que nos interessam, ganhamos tempo!

As pessoas reclamam muito que não têm tempo de fazer tudo que gostariam. Eu gostaria de fazer tudo que dá tempo. Se passo uma horinha que seja ao lado de alguém que me leve a outro nível de consciência, pornto, eis o milagre da multiplicação do tempo.

Gaste seu tempo com qualidade. Não perca energia com pequenas pormenoridades da vida. Quanto mais importância damos àquilo que não tem consistência, menos tempo nos resta para viver a essência.

Essencialmente, o tempo é a chave de tudo.



Grão de Luz

sexta-feira, 10 de julho de 2009

domingo, 5 de julho de 2009

Solidão é lava que cobre tudo, amargura em minha boca sob seus dentes de chumbo


Solidão não é a falta de gente para conversar, namorar, passear ou fazer sexo...Isto é carência.
Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos que não podem mais voltar... Isto é saudade.
Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe, às vezes, para realinhar os pensamentos... Isto é equilíbrio.
Solidão não é o claustro involuntário que o destino nos impõe compulsoriamente para que revejamos a nossa vida... Isto é um princípio da natureza.
Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado... Isto é circunstância.
Solidão é muito mais do que isto.
Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos em vão pela nossa alma...

Francisco Buarque de Holanda

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Hoje tive medo. E não fui.. Não me lembro de ter tido medo assim antes, e não ir. Well, things change..

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Quase-perda

É na quase perda que se abrem inúmeras novas possibilidades na vida. O momento deste quase é muito interessante. Quando nos confrotamos com a possibilidade palpável de mudança, mas que por algum motivo esta não acontece, podemos enxergar claramente o que poderíamos perder, e o que realmente nos faria falta. Qualquer impossibilidade abstrata é capaz de promover mutações, desde que haja olhos de enxergar.
Nessa tábua da beirada, me transformo. A cada quase cai um pedaço da minha casca. E de tijolo em tijolo, desconstruo o muro que me cega do resto do mundo. Caem os conceitos que me foram impostos, enxergo os erros que não sabia cometer. Escolho outros rumos, reassumo o leme do bem mais precioso que tenho: minha vida. E assim, repleta de novas possibilidades posso escolher outras sementes, que ao germinar vão trasnformar a paisagem.
Quando me vi privada daquilo que julguei ser o melhor encontro de minha vida, me passei a limpo. Hoje sigo definitiva, sem vírgulas inadequadas ou palavras mal escolhidas. Sou melhor porque quase fui pior. E construo novos parágrafos da minha vida, sem os quase que já foram e com os quase que ainda virão.

Grão de Luz
O que é o amor, senão aquele momento onde você vê sua imagem refletida na alma do outro?

Grão de Luz

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Don't ask me how, but talkative girl has no voice!!!

Dobradinha

Incrível como é a vida!
Esperei por meses duas coisas: um telefonema e um telegrama. Os dois chegaram hoje, juntos.
Das duas uma, ou estou delirando de tanto remédio pra gripe, ou o universo realmente conspira ao meu favor...
Ando meio depressiva... Gostaria de estar meio filosófica. Quem filosofa não se deprime facilmente. Filosofar não significa ficar estático como Rodin eternizou, que apesar de poético, não e nada prático. A verdadeira filosofia e dinâmica!! É prática. É viável! Quero esquecer meu momento Prozac e voltar ao mundo de Schopenhauer. Conto com a ajuda dos amigos!

terça-feira, 23 de junho de 2009

Ei, essa é pra você que acha que o mundo inteiro conspira contra: Não existe nenhum problema que uma boa vassoura não resolva, dizia minha avó. Se você não souber varrer, não tem problema. Pega a vassoura e aprende a voar. Quem sabe você descobre que bruxas existem?

Searching for no words

Procuro uma palavra.
Uma palavra que seja capaz de expressar aquilo que sinto, mas que não sei o que é.
Que loucura, procuro uma designação para um sentimento indefinido!
Procuro em poemas, letras de músicas, no dicionário, dentro de mim.
Uma única palavra capaz de expressar o aperto no peito de quem vê o sofimento pungente tão próximo e o alívio sincero da certeza de estar vivo, pelo menos hoje.
Se alguém souber que palavra é essa, me conte.
Neste momento só tenho como única certeza que o que sinto é inominável.

Grão de Luz

para doiselles

A infelicidade tem isto de bom: faz-nos conhecer os verdadeiros amigos.

Balzac

Fragmentos de 24h

O cabalista entende que por trás de toda doença, seja ela qual for, existe uma benção. Ela aparece quando aprendemos a ler o “recado”, que indica o que precisamos mudar para trazer a Luz de volta a nossa vida. No entanto, envolto em negatividade, isto se torna muito difícil.
Por isso, nesta semana, sob a influência da lua nova de câncer, aproveitamos a forte energia emocional presente para nos aproximar de quem realmente nos faz bem e, assim, resgatar nossos sentimentos mais positivos.


No final fica só a paz e a certeza de que pra cada tombo que a gente acha que toma, a vida nos mostra uma nova habilidade para que possamos nos manter de pé.

A vida vem feito uma avalanche. Tem um caldo, um vento um fogo que lambe tudo. Que reduz a gente ao tudo junto (que é pior que o nada) . E a gente fica embrulhadinho na multidão, com medo da vida, da morte, do amigo, do desconhecido, da gentalha toda. A gente faz umas besteiras porque a gente é jovem e tem tempo pra isso.

Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro.

Rav-Grão-LL- Lispector

quinta-feira, 18 de junho de 2009

O coração


Me defina coração.

É impossível dar esta resposta sem fazer outra pergunta: Em que sentido?

O coração possui definições anatomo-fisiológicas, sentimentais, energéticas, espitiruais, transcedentais, intelectuais e até geográficas.

Pode ser o órgão responsável por bombear o sangue oxigenado proveniente do pulmão para o resto do organismo.

Pode ser a fonte de todos os sentimentos, em especial, o amor. Aquele amor, que costuma dar tanto trabalho ao próprio coração.

Pode situar-se no centro energético de chacras, sefirots.

Pode apertar quando minha mãe tem seus pressentimentos.

Pode falar alto quando preciso mostrar conhecimento em público.

Pode ser aquele cantinho escondido, povoado de saudade e lembranças.

As vezes penso que as pessoas andam vivendo sem coração. Não todas as suas formas, mas ainda sim, há lacunas.

Alguns infartam, outros não percebem nada além do mundo aparente, outros são frios, e há aqueles que não guardam lembranças, nem são capazaes de se apaixonarem.
Eu quero ter todos eles.
Ninguém sobrevive sem pelo menos um.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Qual é a pílula que você tomou?

"You take the blue pill, the story ends. You wake up in your bed and believe whatever you want to believe.
You take the red pill, You stay in Wonderland and I show You how deep the rabbit hole goes.
I'm only offering you the Truth... Nothing more!"
Matrix




Fico pensando que eu não vivo no mundo real. Sempre achei que vivesse, mas não vivo não.
Levo minha vida, de forma linear, objetiva e programada. Achei que isso fosse o mundo real. Sou. Simplesmente. Acordo cedo, durmo tarde, trabalho muito. Sou gente que faz. Não faço nada grandioso, não sou ninguém perante a sociedade. Mas eu sou a pessoa mais importante da minha vida. E faço diferença, com o meu trabalho, na vida das pessoas que me confiam suas vidas.
- Chato issso né? Coisa mais sem graça essa linearidade. O dia tem hora pra começar e acabar, você sabe exatamente o roteiro da sua vida, desinteressante... Você pode pensar.
Mas não. Eu acho isso incrível. Quando somos capazes de sentir as emoções de uma vida dentro de uma rotina linear, o que sentimos é excepcional. Não preciso produzir emoções na minha vida. Elas simplesmente acontecem, e são palpáveis, sustentáveis, marcantes. E isso me parece ser a definição de vida real.
Alguns podem pensar que viver a vida intensamente está em fazer as coisas à moda doida, ao sabor dos ventos. Ledo engano. Essa busca constante pela novidade, pelo imprevisível cansa, distorce a realidade, produz uma felicidade superficial, como um sorriso para a foto da coluna social de domingo.
Mas porque concluí que não vivo no mundo real? Por que a excessão parece ter virado regra.
vejo todos em busca de uma densidade inatingível para quem não tem base. Sem pilares, não ser contrói nada. E os pilares são construídos nas pequenas coisas do dia-a-dia. É quando estou sozinha comigo mesma, que os milagres acontecem na minha vida. Nesses momentos, quando meu dois eus, consicente e inconsciente, resolvem ter longas conversas, entendo todos os caminhos e atitudes que tomei e planejo tomar na minha vida. Assim solidificada, posso sustentar qualquer coisa que eu receba, de bom e de ruim.
Me espanto com pessoas que pensam que é na liberação de seus instintos que mora sua felicidade... O ser humano se coloca como seus ancestrais irracionais ao agir por instintos, sem restrições. A capacidade de entender subjetivamente o que é consequência nos diferencia dos macaquinhos treinados pavlovianamente para sentir esta consequência objetivamente.
Se isso é o mundo real, prefiro voltar para minha realidade virtual. Lá não vivo algemada em pilares fragéis e pensamentos toscos. Só sei ser inteira, apenas minha metade não me satisfaz.

I took the red pill!
Grão de Luz

quinta-feira, 11 de junho de 2009

A resposta para o dilema

"Quando fazemos tudo para que nos amem e não conseguimos, resta-nos um último recurso: não fazer mais nada. Por isso, digo, quando não obtivermos o amor, o afeto ou a ternura que havíamos solicitado, melhor será desistirmos e procurar mais adiante os sentimentos que nos negaram. Não fazer esforços inúteis, pois o amor nasce, ou não, espontaneamente, mas nunca por força de imposição. Às vezes, é inútil esforçar-se demais, nada se consegue;outras vezes, nada damos e o amor se rende aos nossos pés. Os sentimentos são sempre uma surpresa. Nunca foram uma caridade mendigada, uma compaixão ou um favor concedido. Quase sempre amamos a quem nos ama mal, e desprezamos quem melhor nos quer. Assim, repito, quando tivermos feito tudo para conseguir um amor, e falhado, resta-nos um só caminho...o de mais nada fazer."

Clarice Lispector

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Sinto falta de algo impalpável, invisível. Não sei o que é, só sei que me falta. Sinto uma nostalgia de algo que nunca tive, e que não sei bem do que se trata. Mas sinto. Sei que existe porque me aperta a garganta e me dificulta a respiração. Um choro contido, sem motivo e sem vazão. Me sinto numa sinuca de bico, sem ter como sair sem perder algum elemento. Já sei que é preciso perder pra ganhar. Mas perder o que, pra ganhar o que? Essa deve ser a mesma sensação do afogamento. Não há ar. Só angústia.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Impacto profundo


Não temos nenhuma noção do que somos capazes de provocar nas pessoas. Às vezes, conquistaremos inimigos com comentários desprenteciosos, outras, ganharemos grandes amigos com um simples elogio. Ontem reecontrei uma professora muito importante na minha vida, e sem notar, mostrei o respeito e admiração que sinto por ela. Hoje, recebo um email emocionante, me agradecendo pelo valor e sinceridade que ela percebeu em minhas palavras. Concluí por isso, que as palavras realmente têm um grande poder. Não sabemos nem onde nem como elas vão bater de verdade por aí. A sinceridade também é necessária. Toda vez que pensar em fazer um elogio a uma pessoa, não hesite. Aquelas palavras podem ter muito mais valor que imaginamos. Além disso, quem é capaz de ler pensamentos?

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Alice Disse


Todos os homens deveriam ter por direito nato:

- uma viagem a Paris
- um amor de verdade
- um Psiquiatra de qualidade

Não adianta negar. De perto ninguém é normal.
Francis Bacon
Self-Portrait (1976)

domingo, 31 de maio de 2009

Máscaras


Às vezes me surpreendo com a maluquice das pessoas. Vivemos em um mundo duplo: o aparente e o real. Muito louco isso. As pessoas se escondem atrás de máscaras, confeccionadas com quilos e quilos de maquiagem. Só que máscaras caem às vezes. É aí que me choco. Com o que vejo por baixo dos panos e com a pergunta que começa a me perseguir: será que também uso máscaras? Como serei de verdade sem elas? O aparente acaba se tornando real e o real é quase virtual. Preciso ter meus olhos atentos. Não gosto de máscaras. Serei uma mulher realizada se no fim da minha vida chegar a conclusão que não precisei delas pra chegar a lugar algum. Ainda não tenho resposta para essas perguntas, mas sou transparente até onde meu consciente permite. E assim serei. Vivendo na minha fortaleza de cristal, poucos a acham interessante o suficiente para querer entrar. Pensando bem, isso é ótimo. Assim, não perco tempo com aqueles que não valem a pena, pois transfigurados não valhem a pena. Ainda que alguns mascarados possam resolver entrar...

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Primavera no outono




Quando dois olhos se cruzam
e despertam-se um arrepio na coluna,
São duas almas que se enxergam
e se juntam, preenchendo suas lacunas.

É quando se faz primavera
em duas mentes fartas de inverno.
O sol nasce, a vida prospera,
e um arco-íris surge de meu castelo.




Grão de Luz

Adversidades

Stop!
O mundo parou
ou foi um automóvel?

terça-feira, 26 de maio de 2009


And so it is
Just like you said it would be
Life goes easy on me
Most of the time

And so it is
The shorter story
No love, no glory
No hero in her sky

And so it is
Just like you said it should be
We'll both forget the breeze
Most of the time
And so it is
The colder water
The blower's daughter
The pupil in denial

Did I say that I loathe you?
Did I say that I want to Leave it all behind?
I can't take my mind off of you
I can't take my eyes of you
Just can't. And so it is!
Copacabana princesinha do mar...
És bela, muito bela,
e democrática também.
Num belo domingo de maio,
enche meus olhos de mar,
Princesa do morro
e das coberturas da Atlântica,
acolhe a todos aqueles que enxergam
a beleza que sua majestade contém.
Decisões importantes são assim: fico fosforilando por dias, e quando me dou conta, já tomei inúmeras providências sem perceber. Conclusão: pensar de mais só atrasa o andar da carruagem...

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Popularidades

Como nem só de filosofia vive um homem, a máxima do dia veio da caçamba da motoboy:
"Se dinheiro falasse, o meu iria dizer: FUI"
E tenho dito!!

domingo, 24 de maio de 2009

O poder do mito


Vivemos tempo de total ausência de mitos. Desde que o homem é um ser pensante, as sociedades se organizam à partir de mitos. Seriam eles fantasias coletivas? Não, acredito que são metáforas necessárias. Nossa sociedade prega que a modernidade é a libertação de qualquer amarra. Sejam elas mitos, rituais ou ainda a contenção de nossos instintos animais. O interessante é que das amarras do ego ninguém quer se soltar...

Acretido que essa "modernidade" toda nos fez chegar numa espécie de sinuca de bico. Vivemos de forma instintiva. Não existe mais educação em casa, no trânsito, no elevador. Eu me choco diariamente quando digo bom dia aos vizinhos e sou ignorada. Não existe mais respeito, nem consigo mesmo, e muito menos com o próximo. O único ritual que restou foi o casamento, mas mesmo assim para muitos é uma desculpa para fazer um evento onde se é o centro das atenções. Infelizmente as prestações da festa têm durado mais que a união em si. Comemos uns aos outros todos os dias para "sobreviver", perdemos qualquer tipo de ética. Me parece que sujeitamos nossa inteligência a terceiro plano, tudo isso em prol da modernidade. Penso que estamos retrocedendo.

Sinto falta dos mitos, que nos diziam muito sobre nossa arrogância. Deveríamos aprender com eles. Ícaro é um grande exemplo. Quis chegar mais longe que podia e morreu vítima de sua imprudência, arrogância e megalomania. Narciso é outro, que incapaz de enxergar algo além de si, morreu afogado em seu ego.

Enquanto usarmos asas de cera e vendas nos olhos, continuaremos a ser apenas escravos de nossos instintos. Para que serve nossa inteligência??

sábado, 23 de maio de 2009

Estranho, mas não menos importante

Não quero sugar todo seu leite
Nem quero você enfeite do meu ser
Apenas te peço que respeite
O meu louco querer

Não importa com quem você se deite
Que você se deleite seja com quem for
Apenas te peço que aceite
O meu estranho amor

Teu corpo combina com meu jeito
Nós dois fomos feitos muito pra nós dois
Não valem dramáticos efeitos
Mas o que está depois

Não vamos fuçar nossos defeitos
Cravar sobre o peito as unhas do rancor
Lutemos mas só pelo direito
Ao nosso estranho amor

Ah! Mainha deixa o ciúme chegar
Deixa o ciúme passar e sigamos juntos
Ah! Neguinha deixa eu gostar de você
Prá lá do meu coração não me diga
Nunca não

Caetano Veloso

quarta-feira, 20 de maio de 2009

A Nona Maravilha do mundo

Foto: Do acervo de um amigo querido e fotógrafo fantástico!!



Para aqueles que gostam de ouvir a voz de Deus.


Beethoven quando compôs esta sinfonia já estava completamente surdo (mas tenho certeza que sua alma nunca ouviu o silêncio). Ainda assim, estava planejando a décima quando adoeceu e faleceu. Quando se houve a nona do começo ao fim, entende-se que jamais poderia ter havido uma próxima sinfonia. Ele havia atingido a perfeição!


Regência: Herbert Von Karajan

Orquestra Filarmônica de Berlin



Lá fora está chovendo forte e eu aqui ouvindo o verão de Vivaldi!
http://www.youtube.com/watch?v=jukLOepRlT8

terça-feira, 19 de maio de 2009

Nas esquinas da vida


E voltemos à encruzilhada! Sempre tomei decisões na vida com a maior facilidade. Se tinha oportunidade de agir por algo que me interessasse, pronto, eu ia e bancava a conta no final! Decisões importanes foram tomadas assim: fazer intercâmbio, sair de casa para fazer faculdade, não voltar pra casa depois de formar, lutar por qualquer conquista.


Hoje entendo que nem todas as conquistas são possíveis, e que muitas das vezes, essas decisões instantâneas desenharam definitivamente o rumo que segui até agora em minha vida. Não me arrependo de nenhuma delas. Não, me arrependo de algumas sim. Posso ter saído do caminho algumas vezes mas o rumo está correto, consigo enxergar isso.


Mas hoje entendi que alguma coisa mudou. Pela primeira vez na minha vida inteira estou com medo de bancar uma decisão. Não disse tomá-la porque dentro de mim eu já decidi o que quero fazer. A decisão já está tomada, mas executá-la me fez ratear. Se resolvo não agir, ficarei me torturando ao pensar no que poderia ter sido se eu não tivesse sido covarde. Por outo lado, se decido agir, posso ou não atingir meu objetivo. Se conseguir, ótimo, será maravilhoso, caso contrário, não posso bancar pelo preço de me expor novamente a uma situação que agora não tenho mais como lidar.

Me sinto como aquela música que ouço desde tão pequena: Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come.

Mas infelizmente, eu não sou homem!

domingo, 17 de maio de 2009

O ponto e a reta


Quando passamos por situações difíceis na vida, temos que ampliar nossa maneira de ver os problemas. O presente é um ponto. Só seremos capazes de avaliar as reais consequências dos acontecimentos depois de um tempo. O intervalo pode ser uma boa noite de sono, uma semana de trabalho intenso, um mês de férias de tudo ou até uma vida inteira de sofrimento. Mas lá na frente, ao atravessarmos um longo caminho, somos capazes de enxergar não mais um ponto, mas uma reta. Olhamos pra trás e vemos uma trajetória bem traçada em nossa vida. Nesse momento, o presente não é mais um ponto, mas uma conjunção de soluções e conquistas. Nunca se esqueça: uma reta é formada por inúmeros pontos subsequentes.........
Grão de Luz

sábado, 16 de maio de 2009

Sinto


Escrevo porque sinto o arrepio daqueles que sentem. Sinto! Não tenho vergonha de dizer: EU SINTO!! Está fora de moda sentir, mas nunca fui atrás da boiada mesmo. Sinto alegria, tristeza, dor, compaixão, paixão, amor, desilusão. Sou feita de carne e osso, alma e coração. Nas minhas veias, não corre somente sangue. Corre fluido vital, que me permite transcender o mundo visível e atingir outras instâncias. Sou o que vejo, ouço, experimento. Sou o produto das sensações que tive, resultado das interações com pessoas que amei e odiei, das músicas que me doem, dos filmes que me fazem chorar, dos livros que me hipnotizam. Sou sentimento, por vezes cego e insano, por vezes ingênuo, por vezes profano. Sou o que sinto, sinto o que sou. Na verdade, eu sinto muito, mas eu sinto de verdade!

Grão de Luz

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Aquilo que ninguém conseguiu explicar




Uma pinta,
ou um ponto
na linha da vida
de um rapaz tonto

de espumante?
E cheio de tristeza,
Melancólica e fascinante.
Ah! Que beleza

é o seu olhar penetrante
que invade meus sentidos
e abre a caixa
do que há de melhor em mim.




Grão de Luz


Dez 2008

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Na alma de minh'alma


Ouço o som dos anjos conversando com Deus. E o fazem através de violinos! Choram, riem, gritam, sussuram, emocionam. Sem uma palavra dita.
O som atinge todas as células do meu corpo, transcendendo a audição, se torna tátil, pulsátil. Corre por todas as minhas artérias e veias e arrepia cada pêlo do meu corpo.
Meu cérebro entra em estado de contemplação quase meditativa e apenas absorve nota a nota que entram em seu circuito, gerando impulsos elétricos e estésicos, alegria e angústia.
A sensação é mutante. Muda a cada acorde a cada compasso. Me vejo em outras instâncias por frações de segundos. Me sinto mais perto de Deus.
Mais do que clássica, é necessária!

Behind Brown Eyes




No one knows what its like,
to be the bad man,
To be the sad man,
behind brown eyes.

No one knows what its like,
to be hated,
To be fated,
to telling only lies.

But my dreams they aren't as empty,
As my conscience seems to be.
I have hours, only lonely.
My love is vengeance, that's never free.

No one knows what its like, to feel these feelings,
Like I do, and I blame you
No one bites as hard, on their anger,
None of my pain or woe, can show through.

But my dreams, they aren't as empty,
As my conscience seems to be.
I have hours, only lonely
My love is vengeance, thats never free

When my fist clenches, crack it open,
Before i use it and loose my cool.
When i smile, tell me some bad news
Before i laugh and act like a fool.

And if i swallow anything evil,
Put your finger down my throat.
And if i shiver, please give me your blanket,
Keep me warm, let me wear your coat.

No one knows what its like, to be the bad man,
To be the sad man, behind brown eyes.

The Who

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Colhendo o que plantei!

Olha, nunca quis fazer desse blog um diário. Publico meus pensamentos íntimos e devaneios inconscientes. Mas tenho que registrar o dia de hoje. Acho que meu 33 de omer veio com 24h de atraso! Hoje, toda a engrenagem que venho construindo no último ano começou a funcionar. Bem lentamente, quase de forma experimental, mas ainda assim, deu seu primeiro passo concreto. Se já ando muito feliz nos últimos dias, imagina a satisfação que sinto hoje. É hora de tocar o barco! Atenção, todos a bordo, estou de saída rumo a tudo que planejei. Quem quiser vir comigo, será um prazer! Lechaim

terça-feira, 12 de maio de 2009

Perguntas

- Pink Floyd seria Pink Floyd sem psicotrópicos?
- Estaríamos onde chegamos sem Einstein?
- Haveria Holocausto sem Hittler?
- Haveria Embalos de Sábado à Noite sem John Travolta?
- Se Michael Jackson ainda fosse negro, seria normal?
- Haveria BBB se não fosse 1 milhão?
- Brasília existiria se não fosse JK?
- Se não fosse Pedro Álvares Cabral quem teria descoberto o Brasil?
- Eu seria eu mesma sem meus traumas?

segunda-feira, 11 de maio de 2009

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Educação vem de berço

A liberdade de escolha é um direito de todos, mas só alguns a exercem com elegância.

Balzac

terça-feira, 5 de maio de 2009

Hoje não quero nada profundo! Às vezes a gente descansa nadando no raso...

sábado, 2 de maio de 2009

As nossas tragédias são sempre de uma profunda banalidade para os outros.

Oscar Wilde

domingo, 26 de abril de 2009




Traduções de um desejo insano, por vezes profano, determinado a satisfazer a carne que arde na fogueira da vontade de matar um desejo de matar o que me mata no tempo e de me fazer sentir na plenitude do pleno, na satisfação do insaciável insatisfeito desejo de desejar e ser desejada.




Grão de Luz

sábado, 25 de abril de 2009

Deserto


Vivo em um deserto. Me vejo cheia de idéias férteis cercada por um terreno onde nada do que eu plante irá crescer... É tudo areia. Grãos de ilusão que se dispersam ao vento e impossibilitam a estabilidade das minhas sementes.


Preciso atravessá-lo. Chegar ao oásis onde possa fincar os pés e florescer. Preciso de água! De sua fluidez e potencialidade. Sou um peixe que nada sem direção, mas sempre contra a corrente. Não para exercitar, mas porque é preciso.


Chega de terras inférteis e de seguir as correntes da vida.


Quero meu canto, onde a água me leve à consciência e a terra à plenitude.


Que floresçam e frutifiquem meus pensamentos. Sou apenas um grão de luz nesse mar desértico...


Grão de Luz

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Descascando





O mundo é feito de camadas. Talvez por isso estejamos tão distante da essência.


As camadas criam labirintos em nossas vidas, caminhos instáveis que em seus meandros corremos o risco de sermos devorados pelo Minotauro ou qualquer outro ser igualmente criado por nossos erros e inadvertidamente alimentado pela nossa arrogância.

São cascas. Matrioshkas são feitas de cascas, e são ocas! Quantas camadas externas existirão até encontrarmos a boneca maciça, consistente? Quantas partes de nós são realmente relevantes e inteiras?

Não é à toa que o inferno para Dante é representado por círculos. Nove. Faz-me pensar nas nove partes do mundo que nossas cascas nos impedem de ver. Viver segmentado e cego da sua realidade é o próprio inferno. Pior que encontrar com Lúcifer, é encontrar com o Ego no centro de tudo. A própria representação do umbigo. Um ovo Fabergé com uma belíssima coroa de brilhantes em miniatura dentro, que na verdade não serve pra nada. A não ser ornar o tal do Ego.

Eu já abri a caixa de Pandora de minha vida. Vi todos os males que fiz a mim mesma e hoje compreendo que estavam ferindo minhas cascas, apenas as cascas. Talvez tenham ajudado a quebrá-las. No mito grego, a caixa é aberta por Pandora mais uma vez, e só a esperança permanecia lá.

No âmago das nossas vidas, encontramos a relevância e a esperança. O resto é casca.




Grão de Luz 2009

terça-feira, 21 de abril de 2009

Quase-beijo

O que seria o quase-beijo? Aquele momento onde as bocas ainda não se tocaram, mas que parece ser inexorável que isso aconteça. O quase-beijo é um instante onde se tem certeza que a vida está numa bifurcação. Se beijar, o caminho será X. Se não beijar, simplesmente não será. Não, mas não é todo primeiro beijo que tem esse momento. Somente aqueles especiais. E somos capazes de sentir essa sutileza ainda no quase-beijo. Naquele segundo que o corpo arrepia, o coração acelera e a boca, ali, pouco antes do beijo, treme pelo desconhecido, por todo o inesperado do caminho escolhido.
Não sei quantos quase-beijos já tive, mas sei exatamente quantos ainda quero ter.

Grão de Luz

domingo, 19 de abril de 2009

Intensidade


Sou como você me vê. Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania. Depende de quando e como você me vê passar.


Clarice Lispector
Van Gogh

sexta-feira, 17 de abril de 2009





Aprendi com as Primaveras a me deixar cortar para poder voltar sempre inteira.




Cecília Meireles

quarta-feira, 15 de abril de 2009


A vida é aquilo que acontece enquanto planejamos o futuro!

John Lennon

Você pediu, eu faço


LL

Em sua homenagem!!

São Paulo

Cidade superlativa
de vida hiperativa
de horas no trânsito retida
de ritmo avançado de vida.

Cidade cinza com noites frias
de bares fervilhantes
de pessoas cheias e também vazias
de céu sem estrelas brilhantes.

Do luxo ao lixo em metros
de rixa aos cariocas espertos
de pobreza e também de progresso
de riqueza e também de regresso.




Grão de Luz, 2007

domingo, 12 de abril de 2009

Time

http://www.youtube.com/watch?v=ntm1YfehK7U
Ticking away the moments that make up a dull day
You fritter and waste the hours in an off hand way
Kicking around on a piece of ground in your home town
Waiting for someone or something to show you the way

Tired of lying in the sunshine staying home to watch the rain
You are young and life is long and there is time to kill today
And then one day you find ten years have got behind you
No one told you when to run, you missed the starting gun

And you run and you run to catch up with the sun, but it's sinking
And racing around to come up behind you again
The sun is the same in a relative way, but you're older
Shorter of breath and one day closer to death

Every year is getting shorter, never seem to find the time
Plans that either come to naught or half a page of scribbled lines
Hanging on in quiet desperation is the English way
The time is gone the song is over, thought I'd something more to say

Home, home again
I like to be here when I can
When I come home cold and tired
It's good to warm my bones beside the fire
Far away across the field
The tolling of the iron bell
Calls the faithful to their knees
To hear the softly spoken magic spells

Pink Floyd, Time
Salvador Dalí

sábado, 11 de abril de 2009

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Limpando a casa


Aproveito o recesso para organizar minha vida! Cheguei a várias conclusões.


A bagunça que faço para colocar as coisas no lugar me mostra que quanto mais descontruimos aquilo que não serve mais, mais organizado e funcional fica o que resta.


A quantidade de papel que guardava porque achei que um dia ia ter utilidade me mostra que não é possível saber tudo, e que temos que priorizar o que realmente importa.


A quantidade de energia inerte nas quinas da bagunça era inacreditável. A limpeza do ambiente ajuda a dar leveza à alma.


As lembranças que tenho por flashs de segundo ao ver um objeto, um escrito, uma foto, me faz perceber como vivo intensamente minha vida. Se eu pudesse voltar no tempo, erraria tudo exatamente igual.


A quantidade de roupa que tenho no armário me faz agradecer por ter uma vida confortável, e que tudo que desejamos muito comprar, geralmente é supérfluo.


Nada como eliminar o supérfluo e liberar tempo e espaço para a essência!


Lipando minha casa, limpo minha mente e minha vida!


quarta-feira, 8 de abril de 2009


Hey mãe, alguma coisa ficou pra trás..
Antigamente eu sabia exatamente o que fazer!
Engenheiros do Hawai


Pensando bem, talvez seja melhor não saber exatamente o que fazer. O "já sei" é a máscara do "não faço a menor idéia".


Melhor não ter idéia, e deixar-se sem resposta, because the answer my friend is blowing in the wind, the answer is blowing in the wind.
Bob Dylan

terça-feira, 7 de abril de 2009

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Some of them..

Sweet dreams are made of this
Who am I to disagree?
Travel the world and the seven seas
Everybody's looking for something

Some of them want to use you
Some of them want to get used by you
Some of them want to abuse you
Some of them want to be abused

domingo, 5 de abril de 2009

A vida tem sempre razão


Tem dias que eu fico pensando na vida
E sinceramente não vejo saída.
Como é, por exemplo, que dá pra entender:
A gente mal nasce, começa a morrer.

Depois da chegada vem sempre a partida,
Porque não há nada sem separação.
Sei lá, sei lá, a vida é uma grande ilusão.
Sei lá, sei lá, só sei que ela está com a razão.


A gente nem sabe que males se apronta.
Fazendo de conta, fingindo esquecer
Que nada renasce antes que se acabe,
E o sol que desponta tem que anoitecer.

De nada adianta ficar-se de fora.
A hora do sim é um descuido do não.
Sei lá, sei lá, só sei que é preciso paixão.
Sei lá, sei lá, a vida tem sempre razão.


Toquinho e Vinícius