quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Postado com um mês de atraso..

Tenho o privilégio de estar sentada de pernas para o ar em plena quarta-feira de agosto, num puff confortável de uma varanda, onde só o que vejo é o breu do horizonte sobre o oceano e onde só o que ouço é a força do mar brigando com o quebra-mar.
Esvazio a mente após enchê-la com 72 nomes poderosos e posso quase tocar o horizonte, onde penso que mora Deus.
Me intrigo com esse tal de horizonte. Ele nunca chega, não é geograficamente determinável. Ele muda de limite se dermos um passo pra frente. Por outro lado, ele é o próprio limite, o nosso próprio limite. Não vejo além dele, não posso alcançá-lo.
No mar, o horizonte se faz ainda mais faceiro, pois que é reto, contínuo, infindável.
Me perco no horizonte. Me perco poque é preciso se perder para se encontrar. Corrijo o que eu disse: me encontro no horizonte. Seu limite inexistente me faz entender que eu sou limitada. Estou contida em um corpo. Estou contida em minha mente.
A mente também pode ser horizontal! Não no sentido de plana, rasa. Mas na concepção infinita de um horizonte de idéias e potenciais, que mudam também a cada passo que damos.
O horizonte é uma perspectiva, é um mar repleto de possibilidades. Dentro de minha mente existe uma vida, ainda que limitada ao corpo, inesgotável em seus rumos. Um passo, um minuto e pronto: chegamos a um novo horizonte.

Salvador
12/agosto/2009

Grão de Luz

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