quinta-feira, 25 de março de 2010

Belicosidade

Não me canso de me surpreender com as pessoas. Essa semana, depois de esvaziar a cabeça das preocupações, a vida resolveu me dar um choque de realidade. Vi a competição onde havia cooperação, a vaidade onde havia humildade, a insubordinação onde havia respeito, o descarte onde havia necessidade. Me desiludi mais uma vez. Está mesmo na hora de parar de acreditar que o ser humano pode viver sem competição, com generosidade e cooperação. Me sinto como um anjo decaído, que da tranquilidade de seu lugar despencou rumo ao inferno, onde o tiro pode vir de qualquer lado a qualquer momento e de forma incessante. Infelizmente vou ter que me armar até os dentes e partir pra guerra. Dá muita preguiça voltar a ser bélica e intransigente, mas pelo menos irá garantir minha sobrevivência....

quarta-feira, 24 de março de 2010

Sobre pedras e caminhos

Hoje acordei muito triste. Não sei exatamente porque, tenho algumas suspeitas, mas não dá pra ser feliz todos os dias... Tenho pensado muito sobre as dificuldades que temos que enfrentar nos caminhos da felicidade. Todas as dificuldades podem ser um obstáculo muito complexo, dependendo do peso que damos a isto. As relações podem ser difíceis pela falta ou pelo excesso de qualquer coisa. Parafraseando Tósltoi: "Todas os casais felizes são parecidos entre si. Os infelizes são infelizes cada um a sua maneira.", ou seja, cada um escolhe a pedra onde vai estacionar. Ter medo de enfrentar as pedras no caminho te deixa apenas duas opções: parar ali ou voltar atrás e tentar outra estrada. O medo engessa a razão, endurece os sentimento e machuca quem está por perto. Às vezes, o medo da pedra é tão grande, que a pedra se torna realmente enorme e intransponível. Eu não vou fugir da pedras, não costumo estremecer diante dos desafio. Pago pra ver, transformo as pedras em degraus pra crescer e seguir em frente. Mas só posso falar e fazer por mim. A felicidade me espera ali na próxima curva, ou no final de milhares de quilômetros, mas não importa. Estar no caminho certo já me é suficiente. Amanhã estarei melhor e minhas pedras de hoje terão ficado para trás.

domingo, 7 de março de 2010

Café Vienense

Em um café de Viena, deixo meus pensametos soltos, vagando por onde bem entenderem... Vou a tantos lugares e vejo tantas pessoas que quase me esqueço onde realmente estou. Aqui o tempo parece ter parado há uns 100 anos atrás, eu duvido que o cardápio tenha mudado.. Ningém te pergunta nada, ninguém recolhe seus copos, como que lhe mandando embora e jamais lhe oferecem a conta. Talvez aqui tenha começado o movimento do slow food, o do slow down e o da light life. Mesmo comendo bacon com salsichas e esplendorosas sobremesas a vida é muito mais leve por esses cantos do velho mundo. Arrisco a dizer que em muitas coisas já aprenderam a viver. E eu, não vou sair daqui sem aprender!