quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Non, rien de rien
Non, je ne regrette rien
Penso que um amor de verdade é aquele onde se duas pessoas se tornam uma, mas nunca deixam de ser si mesmos.

Rapsódia Húngara n°2

Senti a dramacidade de uma peça intensa e densa, que chega fundo na alma da gente.
Senti meus tímpanos vibrarem, meu coração acelerar e meu cérebro se inebriar de sons profundos e prolíxos, que dizem sem palavras, que tocam sem contato.
Senti a tristeza da melancolia doce e a felicidade da exuberância furtiva que seus acordes proporcionam.
Senti o doce e o amargo no contato íntimo com uma melodia arisca e fugidia, capaz de transformar o destino de uma pessoa.
Senti o amor pela tristeza alegre de algo inexplicável, que me deixou sem escolha, exceto a metamorfose de mim mesma, a transformação de meus conceitos. Era uma crisálida, agora sou borboleta, que voa livremente. Mais uma vez, me transformei e sobrevivi, mas desta vez, destruí o piano.
Grão Luz

" É a nossa vida outra coisa além de uma séries de prelúdios a esse canto desconhecido de que a morte entoa a primeira e solene nota?" Liszt

sábado, 19 de setembro de 2009

Há de chegar o dia quando irei me surpreender com minhas palavras.
Volto a falar de limites. Difícil entender quais são os nossos limites. Mais difícil ainda é fazer com que as pessoas que te cercam respeitem este limite. A culpa é minha, que nunca soube me posicionar. Nunca. Ou brigava ou me calava. Nenhum dos dois serve pra determinar a fronteira entre o cuidar e o controlar. Agora, que entendi que não sou capaz de me submeter a qualquer demanda, as coisas irão mudar. Doa a quem doer.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Em qual esquina a gente encontra o que realmente procura? Será que já passei por ela tão distraída, pensando onde poderia encontrar um mapa que não pude percebê-la? Ou ainda não cheguei nem na vizinhança certa? Vou ter que me render á tecnologia (in)útil e usar um GPS!? Parece que sim...

domingo, 13 de setembro de 2009

Se alguém souber como descansar a cabeça sem precisar dormir me avise! Não ando com tempo pra me dar a esse luxo..

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Mudança requer 2 condições: tempo correto e maturidade da alma!

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Postado com um mês de atraso..

Tenho o privilégio de estar sentada de pernas para o ar em plena quarta-feira de agosto, num puff confortável de uma varanda, onde só o que vejo é o breu do horizonte sobre o oceano e onde só o que ouço é a força do mar brigando com o quebra-mar.
Esvazio a mente após enchê-la com 72 nomes poderosos e posso quase tocar o horizonte, onde penso que mora Deus.
Me intrigo com esse tal de horizonte. Ele nunca chega, não é geograficamente determinável. Ele muda de limite se dermos um passo pra frente. Por outro lado, ele é o próprio limite, o nosso próprio limite. Não vejo além dele, não posso alcançá-lo.
No mar, o horizonte se faz ainda mais faceiro, pois que é reto, contínuo, infindável.
Me perco no horizonte. Me perco poque é preciso se perder para se encontrar. Corrijo o que eu disse: me encontro no horizonte. Seu limite inexistente me faz entender que eu sou limitada. Estou contida em um corpo. Estou contida em minha mente.
A mente também pode ser horizontal! Não no sentido de plana, rasa. Mas na concepção infinita de um horizonte de idéias e potenciais, que mudam também a cada passo que damos.
O horizonte é uma perspectiva, é um mar repleto de possibilidades. Dentro de minha mente existe uma vida, ainda que limitada ao corpo, inesgotável em seus rumos. Um passo, um minuto e pronto: chegamos a um novo horizonte.

Salvador
12/agosto/2009

Grão de Luz

Coisas que fiz antes dos 30, parte 2

- Assisti todos os episódios de todas as temporadas de F.R.I.E.N.D.S
- Fui a um mega show do U2
- Fui modelo por um dia
- Passei um Natal em NYC, e outro em Paris
- Fui ao show do Pearl Jam na Apoteose
- Peguei uma praia em plena segunda feira a tarde!
- Vi o pôr do sol no Arpoador
- Vi o nascer do sol na Marina da Glória, com direito a reflexo no Pão de Açúcar
- Nadei com os peixinhos em Porto de Galinhas
- Andei de jangada
- Fui a um Fortal
- Fiz esqui-bunda em Canoa Quebrada
- Encenei 8 peças de teatro
- Aprendi piano, violão, flauta e violino
- E se eu pensar bem ainda sai uma parte 3..

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Pedaços

Somos formados por fragmentos. Não fragmentos de nós mesmos, mas fragmentos de todas as pessoas e experiências que povoaram nosso caminho.

Cada indivíduo pode provocar mudanças em alguém. Não precisa agir premeditadamente para isso, muito menos nutrir algum tipo de sentimento positivo. Basta um gesto, uma palavra, um momento, daqueles que ninguém sabe de onde vem, para se abrir um mundo de possibilidades na cabeça do outro. Pessoas que aparentemente não tiveram importância alguma em minha vida, foram capazes de mudá-la definitivamente. Sim, porque cada experiência que se vive é um caminho sem volta. A experiência fica arraigada, no subconsciente que seja , e quando menos se espera, puf, se manisfesta. E aí, a transformação foi feita!

Amei pessoas que me deixaram pouco mais que uma lembrança bucólica de uma felicidade de momento. Me irritei com outras tantas que foram capazes de me jogar na cara meus defeitos que fingira não ver; na maioria dos casos, pobres de espírito. Esses geralmente não têm a menor idéia que na sua medíocre existência, são capazes de gestos tão generosos como esfregar (e lavar) a verdade na cara da gente. Diria até que pessoas medíocres são necessárias em algum ponto do caminho da vida.

Lhe causou estranhamento essa minha afirmação? Vejamos: ser medíocre é estar no meio, ser mediano. Ora, não buscamos justamente o tal caminho do meio? Então, mediocridade tem seu mérito!

Conheci também loucos. Varridos, de pedra, de fato e de direito. Os loucos são muito interessantes. Seja de que forma fujam da realidade, sempre me fazem refletir o quanto a mais seria necessário para que eu fosse um deles. Sério! Que de perto ninguém é normal, todo mundo sabe, mas o que ninguém se dá conta é que somos grandes mentecaptos em busca única e exclusivamente da razão. Meus amigos já ouviram eu dizer algumas vezes a conclusão que cheguei sobre minha própria loucura: sou doida, mas não sou maluca!

Há ainda os gênios. São revigorantes. Me aguçam a curiosidade sobre as coisas do mundo, nutrem minha ânsia de sapiência, mas também desafiam a inveja e a vaidade de quem tem sede de conhecimento. Gênios são quase pecadores capitais. Há uma certa aura de distanciamento social. Todos querem ser geniais, mas no fundo sabem que o preço é alto. Mas mesmo assim, uma mente brilhante me é tão fascinante quanto sensual. Os gênios me fazem entender que é necessário mais do que fragmentos para as coisas terem consistência. Aprendi a ir mais a fundo.

Pelo meu caminho, fui descobrindo um sem número de coisas graças às influências externas. Escritores, brechós, defeitos, lugares, restaurantes, praias, pintores, qualidades, sonhos, vontades, músicas.

Pessoas vêm e vão nessa vida. Mas deixam sempre pra trás fragmentos de si que serão substituídos pelos das outras pessoas que vieram ou virão.

Somos sim produto do meio. Somos um caldeirão de influências: experiências que nos tocam, nos modificam, nos marcam. Sou tudo que vi, li, ouvi, vivi e experimentei. Sou fragmentada e dessa forma me faço inteira. Como um mosaico, de longe só se vê o todo, mas de perto, sabemos que somos formados por várias partes. E é isso que torna um ser humano tão fascinante.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

O tempo é o único capital das pessoas que têm como fortuna apenas a sua inteligência.
Balzac
O bom humor é a única qualidade divina do homem.
Arthur Schpenhauer
Eu me recuso a adimitir que amar é sofrer... :D

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Mudança requer 2 condições: tempo correto e maturidade da alma!

Felicidade


O que é felicidade?
Buscamos a felicidade quase que como um bem de consumo, e é difícil para entender que felicidade não está a venda. Não preciso de um colar de diamantes para ser feliz, você precisa?
Não, ninguém precisa. Felicidade não se compra.
Achamos também que a felicidade está na linha chegada de uma corrida frenética rumo ao sucesso profissional. Não preciso ser feliz somente após a reta final. Felicidade é atemporal.
Outros ainda pensam que a felicidade só é atinginda quando se tem uma família perfeita. Ei, ninguém é perfeito! Família perfeita? Só em comercial de margarina. Felicidade não é uma imagem.
Então o que é essa tal felicidade, cuja busca move a humanidade há milênios? Do que realmente precisamos para sermos felizes?
A felicidade não é palpável, não tem dia nem hora para acontecer. Muito menos é uma imagem pra inglês ver.
Felicidade é um estado de espírito. É a certeza de que você está vivo. Ser feliz é ter a capacidade de ver a vida sobre a ótica da beleza. De que adianta um belo dia de sol, um carro novo, família, filhos, se não pudermos enxergar a poesia contida em cada uma dessas coisas?
Ser feliz é isso. É entender que a tristeza faz parte da vida, mas é nela que temos a oportunidade de enxergar e corrigir nossos erros. É perceber que cuidar das pessoas que amamos não significa mimá-las. É poder trabalhar para viver, e não viver para trabalhar.
É estar atravessando a rua e reparar nos raios de sol por entre as árvores, ou sentir os primeiros pingos de chuva no seu cabelo.
É estar parada no caos do trânsito e perceber a luz da lua.
Entedi que sou feliz. E que a tristeza não é a ausência de felicidade. Entendi que solidão é um rótulo comercial que fica na mesma prateleira da felicidade de margarina.
Não preciso de Prozac. Tenho minhas experiências, minhas lembranças, meus sonhos e minha imaginação transformando a vida em poesia.
A felicidade é a poesia contida na vida. Pelo menos na minha.

Grão de Luz

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Coisas que fiz antes dos 30

A pedidos, a lista de coisas que já fiz! Mas que faria facilmente de novo..
Vi o dia nascer nos Geisers Del Tatio, há sei lá quantos mil metros de altura
Morei na Califórnia
Vi NYC do alto do World Trade Center
Dei comida pra lobo guará
Pisei na base de um vulcão ativo
Aprendi a tocar piano
Escrevi um livro
Fiz anos de teatro
Subi em árvore
Assisti um concerto do Joshua Bell
Comi um croque monsier no Quartier Latin
e um pão na chapa no Zico
Mergulhei em Maragogi
Fui a Salzburgo no inverno
e vi o piano de Mozart
Assisti uma missa de Natal na Sacre Coer
Vi chuva no deserto do Atacama
Catei tatuí na praia grande
Li um sem número de bons livros
Virei cabalista
Passei reveillon no forte de copacabana
Vi a Lagoa completamente dourada
Conheci inúmeros museus, vi várias obras de Picasso, Van Gogh , Kandinsky, Matisse, Degas, Dalí, Monet, Rodin, e tantos outros incríveis artistas
Atravessei de barco os lagos andinos
Vi a lua cheia nascer na praia da ferradura ouvindo Pink Floyd e tomando uma cerveja
Andei de gôndola em Veneza
Fui a um show da Madonna
Y otras cositas más...