quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Rapsódia Húngara n°2

Senti a dramacidade de uma peça intensa e densa, que chega fundo na alma da gente.
Senti meus tímpanos vibrarem, meu coração acelerar e meu cérebro se inebriar de sons profundos e prolíxos, que dizem sem palavras, que tocam sem contato.
Senti a tristeza da melancolia doce e a felicidade da exuberância furtiva que seus acordes proporcionam.
Senti o doce e o amargo no contato íntimo com uma melodia arisca e fugidia, capaz de transformar o destino de uma pessoa.
Senti o amor pela tristeza alegre de algo inexplicável, que me deixou sem escolha, exceto a metamorfose de mim mesma, a transformação de meus conceitos. Era uma crisálida, agora sou borboleta, que voa livremente. Mais uma vez, me transformei e sobrevivi, mas desta vez, destruí o piano.
Grão Luz

" É a nossa vida outra coisa além de uma séries de prelúdios a esse canto desconhecido de que a morte entoa a primeira e solene nota?" Liszt

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