domingo, 31 de maio de 2009

Máscaras


Às vezes me surpreendo com a maluquice das pessoas. Vivemos em um mundo duplo: o aparente e o real. Muito louco isso. As pessoas se escondem atrás de máscaras, confeccionadas com quilos e quilos de maquiagem. Só que máscaras caem às vezes. É aí que me choco. Com o que vejo por baixo dos panos e com a pergunta que começa a me perseguir: será que também uso máscaras? Como serei de verdade sem elas? O aparente acaba se tornando real e o real é quase virtual. Preciso ter meus olhos atentos. Não gosto de máscaras. Serei uma mulher realizada se no fim da minha vida chegar a conclusão que não precisei delas pra chegar a lugar algum. Ainda não tenho resposta para essas perguntas, mas sou transparente até onde meu consciente permite. E assim serei. Vivendo na minha fortaleza de cristal, poucos a acham interessante o suficiente para querer entrar. Pensando bem, isso é ótimo. Assim, não perco tempo com aqueles que não valem a pena, pois transfigurados não valhem a pena. Ainda que alguns mascarados possam resolver entrar...

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Primavera no outono




Quando dois olhos se cruzam
e despertam-se um arrepio na coluna,
São duas almas que se enxergam
e se juntam, preenchendo suas lacunas.

É quando se faz primavera
em duas mentes fartas de inverno.
O sol nasce, a vida prospera,
e um arco-íris surge de meu castelo.




Grão de Luz

Adversidades

Stop!
O mundo parou
ou foi um automóvel?

terça-feira, 26 de maio de 2009


And so it is
Just like you said it would be
Life goes easy on me
Most of the time

And so it is
The shorter story
No love, no glory
No hero in her sky

And so it is
Just like you said it should be
We'll both forget the breeze
Most of the time
And so it is
The colder water
The blower's daughter
The pupil in denial

Did I say that I loathe you?
Did I say that I want to Leave it all behind?
I can't take my mind off of you
I can't take my eyes of you
Just can't. And so it is!
Copacabana princesinha do mar...
És bela, muito bela,
e democrática também.
Num belo domingo de maio,
enche meus olhos de mar,
Princesa do morro
e das coberturas da Atlântica,
acolhe a todos aqueles que enxergam
a beleza que sua majestade contém.
Decisões importantes são assim: fico fosforilando por dias, e quando me dou conta, já tomei inúmeras providências sem perceber. Conclusão: pensar de mais só atrasa o andar da carruagem...

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Popularidades

Como nem só de filosofia vive um homem, a máxima do dia veio da caçamba da motoboy:
"Se dinheiro falasse, o meu iria dizer: FUI"
E tenho dito!!

domingo, 24 de maio de 2009

O poder do mito


Vivemos tempo de total ausência de mitos. Desde que o homem é um ser pensante, as sociedades se organizam à partir de mitos. Seriam eles fantasias coletivas? Não, acredito que são metáforas necessárias. Nossa sociedade prega que a modernidade é a libertação de qualquer amarra. Sejam elas mitos, rituais ou ainda a contenção de nossos instintos animais. O interessante é que das amarras do ego ninguém quer se soltar...

Acretido que essa "modernidade" toda nos fez chegar numa espécie de sinuca de bico. Vivemos de forma instintiva. Não existe mais educação em casa, no trânsito, no elevador. Eu me choco diariamente quando digo bom dia aos vizinhos e sou ignorada. Não existe mais respeito, nem consigo mesmo, e muito menos com o próximo. O único ritual que restou foi o casamento, mas mesmo assim para muitos é uma desculpa para fazer um evento onde se é o centro das atenções. Infelizmente as prestações da festa têm durado mais que a união em si. Comemos uns aos outros todos os dias para "sobreviver", perdemos qualquer tipo de ética. Me parece que sujeitamos nossa inteligência a terceiro plano, tudo isso em prol da modernidade. Penso que estamos retrocedendo.

Sinto falta dos mitos, que nos diziam muito sobre nossa arrogância. Deveríamos aprender com eles. Ícaro é um grande exemplo. Quis chegar mais longe que podia e morreu vítima de sua imprudência, arrogância e megalomania. Narciso é outro, que incapaz de enxergar algo além de si, morreu afogado em seu ego.

Enquanto usarmos asas de cera e vendas nos olhos, continuaremos a ser apenas escravos de nossos instintos. Para que serve nossa inteligência??

sábado, 23 de maio de 2009

Estranho, mas não menos importante

Não quero sugar todo seu leite
Nem quero você enfeite do meu ser
Apenas te peço que respeite
O meu louco querer

Não importa com quem você se deite
Que você se deleite seja com quem for
Apenas te peço que aceite
O meu estranho amor

Teu corpo combina com meu jeito
Nós dois fomos feitos muito pra nós dois
Não valem dramáticos efeitos
Mas o que está depois

Não vamos fuçar nossos defeitos
Cravar sobre o peito as unhas do rancor
Lutemos mas só pelo direito
Ao nosso estranho amor

Ah! Mainha deixa o ciúme chegar
Deixa o ciúme passar e sigamos juntos
Ah! Neguinha deixa eu gostar de você
Prá lá do meu coração não me diga
Nunca não

Caetano Veloso

quarta-feira, 20 de maio de 2009

A Nona Maravilha do mundo

Foto: Do acervo de um amigo querido e fotógrafo fantástico!!



Para aqueles que gostam de ouvir a voz de Deus.


Beethoven quando compôs esta sinfonia já estava completamente surdo (mas tenho certeza que sua alma nunca ouviu o silêncio). Ainda assim, estava planejando a décima quando adoeceu e faleceu. Quando se houve a nona do começo ao fim, entende-se que jamais poderia ter havido uma próxima sinfonia. Ele havia atingido a perfeição!


Regência: Herbert Von Karajan

Orquestra Filarmônica de Berlin



Lá fora está chovendo forte e eu aqui ouvindo o verão de Vivaldi!
http://www.youtube.com/watch?v=jukLOepRlT8

terça-feira, 19 de maio de 2009

Nas esquinas da vida


E voltemos à encruzilhada! Sempre tomei decisões na vida com a maior facilidade. Se tinha oportunidade de agir por algo que me interessasse, pronto, eu ia e bancava a conta no final! Decisões importanes foram tomadas assim: fazer intercâmbio, sair de casa para fazer faculdade, não voltar pra casa depois de formar, lutar por qualquer conquista.


Hoje entendo que nem todas as conquistas são possíveis, e que muitas das vezes, essas decisões instantâneas desenharam definitivamente o rumo que segui até agora em minha vida. Não me arrependo de nenhuma delas. Não, me arrependo de algumas sim. Posso ter saído do caminho algumas vezes mas o rumo está correto, consigo enxergar isso.


Mas hoje entendi que alguma coisa mudou. Pela primeira vez na minha vida inteira estou com medo de bancar uma decisão. Não disse tomá-la porque dentro de mim eu já decidi o que quero fazer. A decisão já está tomada, mas executá-la me fez ratear. Se resolvo não agir, ficarei me torturando ao pensar no que poderia ter sido se eu não tivesse sido covarde. Por outo lado, se decido agir, posso ou não atingir meu objetivo. Se conseguir, ótimo, será maravilhoso, caso contrário, não posso bancar pelo preço de me expor novamente a uma situação que agora não tenho mais como lidar.

Me sinto como aquela música que ouço desde tão pequena: Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come.

Mas infelizmente, eu não sou homem!

domingo, 17 de maio de 2009

O ponto e a reta


Quando passamos por situações difíceis na vida, temos que ampliar nossa maneira de ver os problemas. O presente é um ponto. Só seremos capazes de avaliar as reais consequências dos acontecimentos depois de um tempo. O intervalo pode ser uma boa noite de sono, uma semana de trabalho intenso, um mês de férias de tudo ou até uma vida inteira de sofrimento. Mas lá na frente, ao atravessarmos um longo caminho, somos capazes de enxergar não mais um ponto, mas uma reta. Olhamos pra trás e vemos uma trajetória bem traçada em nossa vida. Nesse momento, o presente não é mais um ponto, mas uma conjunção de soluções e conquistas. Nunca se esqueça: uma reta é formada por inúmeros pontos subsequentes.........
Grão de Luz

sábado, 16 de maio de 2009

Sinto


Escrevo porque sinto o arrepio daqueles que sentem. Sinto! Não tenho vergonha de dizer: EU SINTO!! Está fora de moda sentir, mas nunca fui atrás da boiada mesmo. Sinto alegria, tristeza, dor, compaixão, paixão, amor, desilusão. Sou feita de carne e osso, alma e coração. Nas minhas veias, não corre somente sangue. Corre fluido vital, que me permite transcender o mundo visível e atingir outras instâncias. Sou o que vejo, ouço, experimento. Sou o produto das sensações que tive, resultado das interações com pessoas que amei e odiei, das músicas que me doem, dos filmes que me fazem chorar, dos livros que me hipnotizam. Sou sentimento, por vezes cego e insano, por vezes ingênuo, por vezes profano. Sou o que sinto, sinto o que sou. Na verdade, eu sinto muito, mas eu sinto de verdade!

Grão de Luz

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Aquilo que ninguém conseguiu explicar




Uma pinta,
ou um ponto
na linha da vida
de um rapaz tonto

de espumante?
E cheio de tristeza,
Melancólica e fascinante.
Ah! Que beleza

é o seu olhar penetrante
que invade meus sentidos
e abre a caixa
do que há de melhor em mim.




Grão de Luz


Dez 2008

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Na alma de minh'alma


Ouço o som dos anjos conversando com Deus. E o fazem através de violinos! Choram, riem, gritam, sussuram, emocionam. Sem uma palavra dita.
O som atinge todas as células do meu corpo, transcendendo a audição, se torna tátil, pulsátil. Corre por todas as minhas artérias e veias e arrepia cada pêlo do meu corpo.
Meu cérebro entra em estado de contemplação quase meditativa e apenas absorve nota a nota que entram em seu circuito, gerando impulsos elétricos e estésicos, alegria e angústia.
A sensação é mutante. Muda a cada acorde a cada compasso. Me vejo em outras instâncias por frações de segundos. Me sinto mais perto de Deus.
Mais do que clássica, é necessária!

Behind Brown Eyes




No one knows what its like,
to be the bad man,
To be the sad man,
behind brown eyes.

No one knows what its like,
to be hated,
To be fated,
to telling only lies.

But my dreams they aren't as empty,
As my conscience seems to be.
I have hours, only lonely.
My love is vengeance, that's never free.

No one knows what its like, to feel these feelings,
Like I do, and I blame you
No one bites as hard, on their anger,
None of my pain or woe, can show through.

But my dreams, they aren't as empty,
As my conscience seems to be.
I have hours, only lonely
My love is vengeance, thats never free

When my fist clenches, crack it open,
Before i use it and loose my cool.
When i smile, tell me some bad news
Before i laugh and act like a fool.

And if i swallow anything evil,
Put your finger down my throat.
And if i shiver, please give me your blanket,
Keep me warm, let me wear your coat.

No one knows what its like, to be the bad man,
To be the sad man, behind brown eyes.

The Who

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Colhendo o que plantei!

Olha, nunca quis fazer desse blog um diário. Publico meus pensamentos íntimos e devaneios inconscientes. Mas tenho que registrar o dia de hoje. Acho que meu 33 de omer veio com 24h de atraso! Hoje, toda a engrenagem que venho construindo no último ano começou a funcionar. Bem lentamente, quase de forma experimental, mas ainda assim, deu seu primeiro passo concreto. Se já ando muito feliz nos últimos dias, imagina a satisfação que sinto hoje. É hora de tocar o barco! Atenção, todos a bordo, estou de saída rumo a tudo que planejei. Quem quiser vir comigo, será um prazer! Lechaim

terça-feira, 12 de maio de 2009

Perguntas

- Pink Floyd seria Pink Floyd sem psicotrópicos?
- Estaríamos onde chegamos sem Einstein?
- Haveria Holocausto sem Hittler?
- Haveria Embalos de Sábado à Noite sem John Travolta?
- Se Michael Jackson ainda fosse negro, seria normal?
- Haveria BBB se não fosse 1 milhão?
- Brasília existiria se não fosse JK?
- Se não fosse Pedro Álvares Cabral quem teria descoberto o Brasil?
- Eu seria eu mesma sem meus traumas?

segunda-feira, 11 de maio de 2009

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Educação vem de berço

A liberdade de escolha é um direito de todos, mas só alguns a exercem com elegância.

Balzac

terça-feira, 5 de maio de 2009

Hoje não quero nada profundo! Às vezes a gente descansa nadando no raso...

sábado, 2 de maio de 2009

As nossas tragédias são sempre de uma profunda banalidade para os outros.

Oscar Wilde