quinta-feira, 2 de abril de 2009

Poeira estrelar


E lá estava. No momento exato onde a vida se bifurca entre continuar no caminho que estamos, ou buscar algo mais. Algo mais. Muito vago não acha? Como ponderar uma decisão baseando-se em apenas algo mais. O caminho do meio não existe para todos, então é preciso decidir entre permanecer na segurança de uma trilha monótona e decepcionante, mas conhecida, escolhida, de final presumível; ou seguir novo rumo. Mas qual? É isso que é preciso descobrir.

Somos feitos de poeira estrelar! Se isso é verdade, não tenho dúvidas. Somos feitos da mesma matéria que preenche todo o universo. Estamos em tudo da mesma forma que tudo está em nós. Tudo, absolutamente tudo, está em nós. E está lá. E sabe-se disso. Mas não há como ser tudo ao mesmo tempo. O hidrogênio pode virar hélio, mas tem que abrir mão do seu estado hidrogênio de ser. Sofrerá transformações. Mas pode se transformar. Assim, se somos feitos de átomos que podem se tornar outros átomos, a nossa vida pode ser aquilo que quisermos. Se será hélio, carbono, ou ferro, depende de outras circunstâncias. Mas deixará de ser hidrogênio. Basta apenas sabermos se estamos dispostos perder para ganhar.

É do caos que nasce uma estrela e é no caos que ela morre. O caos é a chance de desconstrução total. Quanto mais caótico estiver o sistema, maior será a diferença ao reconstruí-lo. Saber o que não se quer é às vezes mais difícil do que ter ciência de suas convicções. Mas voltamos ao vago. Não querer isto é pouco, apesar de útil.
Quanto maior a sombra, maior é a fonte de luz!
Grão de Luz

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