domingo, 13 de junho de 2010

Parece que o poeta
precisa calar suas palavras
pois quem as ouve
não as sente corretamente.

Perco algo precioso por externar
a poesia na tragédia do desencontro,
e ferir sua fobia,
me causando desencanto

A decepção da poesia renegada
se junta a dor da alegria rejeitada
e a tristeza da lembrança festejada
que passa agora para a estante empoeirada

Não escreverei mais versos de amor
não sei mais, na verdade nunca soube o seu sabor
o amor é uma construção conceitual
assim como nossa relação eventual

enquanto estiver doendo, escreverei
e quando parar de doer, continuarei escevendo
quem não pode com as palavras do poeta
que não as leia, não as ouça, não as provoque.

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